Olá, meninas, essa matéria
foi publicada no site Bolsa de Mulher. O assunto é muito importante, por isso
estou colocando a matéria na integra. Desculpe pela reprodução, mas o assunto não pode ser ignorado.
Abram os olhos e não se permitam fazer parte das estatísticas.
Denunciem!!!!
Ei, psiu… A violência contra a mulher não poupa nem você, princesa!
Campanha mostra desenhos de princesas da Disney machucadas para alertar contra casos de abuso e agressão à mulher
por Redação do Bolsa de Mulher
Para encorajar as vítimas de
violência doméstica a denunciarem seus agressores, o artista Saint Hoax criou
uma campanha diferente. As princesas da Disney, comumente percebidas como
mulheres ideais num mundo onde todos são felizes para sempre, foram desenhadas
com seus rostos machucados.
A ideia, segundo informações
do Huffington Post, é mostrar que nenhuma mulher está a salvo de ser abusada
emocionalmente, fisicamente ou sexualmente. A campanha recebeu o nome de “Happy
Never After” e o slogan “Quando foi que ele parou de tratar você como uma
princesa?”.
“Quando ele deixou de te
tratar como princesa?” é slogan de campanha contra violência (Crédito:
Reprodução/Internet)
Assédio sexual: a culpa não
é da mulher
A discussão sobre quem é o
culpado pelo assédio contra mulheres voltou à tona recentemente, quando uma
pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou
que, para 26% dos brasileiros, mulheres que usam roupas que mostram o corpo
merecem ser atacadas. Os dados causaram preocupação, pois configuram como
culpabilização da vítima de estupro.
Em outras pesquisas, o Ipea
estimou que tenham ocorrido mais de 17 mil feminicídios no Brasil entre 2009 e
2011. Ou seja, a cada 1h30 uma mulher morre vítima da violência. No entanto,
poucas são as que registram ocorrências quando sofrem alguma ameaça ou
agressão.
Princesas foram desenhadas
com seus rostos machucados pelo artista Saint Hoax (Crédito:
Reprodução/Internet)
Há, também, muita dúvida
sobre o que configura ou não abuso sexual. Ao contrário do que algumas pessoas
pensam, não envolve necessariamente violência física, mas sim qualquer forma de
constrangimento sobre um indivíduo em situação de inferioridade, muitas vezes
até mesmo dentro de casa.
Violência na hora do parto
Outro tipo de violência
contra a mulher acontece na hora do parto. É a chamada violência obstetrícia,
rotineira nos hospitais independente de região do país ou classe social.
O tema foi retratado pela
fotógrafa Carla Reiter e a produtora cultural Caroline Ferreira, que reuniram
fotos e relatos de mulheres que passaram por situações violentas enquanto davam
à luz. O objetivo é causar a reflexão e conscientizar as pessoas sobre a
necessidade da humanização do atendimento.
Violência obstetrícia
retratada para conscientizar sobre humanização no atendimento (Créditos: Carla
Raiter/Projeto 1:4)
Cesárea obrigatória:
violência ou risco à vida?
Um exemplo desse tipo de
violência na hora do parto aconteceu no Rio Grande do Sul, com uma mulher de 29
anos. Adelir Carmem Lemos de Góes foi obrigada pela Justiça a realizar uma
cesárea. Ela já tinha dois filhos nascidos de cesárea, mas acreditava que no
terceiro poderia ter parto normal. No entanto, o Hospital Nossa Senhora dos
Navegantes, onde ela foi atendida, considerou que havia risco de vida para ela
e o bebê. Ainda assim, ela assinou um termo de responsabilidade, assumindo
todos os riscos sobre sua vida, e foi para casa.
Mas o Hospital entrou com
uma ação para obrigá-la a fazer cesárea e, enquanto Adelir e o marido esperavam
a evolução do trabalho de parto, foram surpreendidos por um oficial de justiça.
Todos esses casos são
polêmicos e veem gerando muitos debates a respeito de todo o tipo de violência
contra a mulher. Por isso, o objetivo da campanha das princesas criadas por
Hoax é, segundo ele, causar desconforto ao olhar para as imagens. “As mulheres
vítimas de abuso não estão sozinhas e nunca é tarde demais para tomarem uma
posição”, disse.